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quinta-feira, 31 de março de 2011

HOMILIA QUARTO DOMINGO QUARESMA



CURA DO CEGO DE NASCENÇA


O domingo do cego de nascença apresenta Cristo como luz do mundo. O milagre da cura é o sinal que Cristo, juntamente com a vista, quer abrir o nosso olhar interior, metáfora da cegueira espiritual, para que a nossa fé se torne cada vez mais profunda e possamos reconhecer n’Ele o nosso único Salvador. Ele ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como «filho da luz». A cegueira era comum no Oriente Médio. Havia dois tipos de cegueira: 1) Oftmalmia: Doença contagiosa, agravada pelo brilho do sol, poeira e areia soprada pelo vento. 2) Cegueira de Nascença: Tornava-se o homem incapaz de ser sacerdote e um animal cego não era oferecido em sacrifício. A um cego era proibido entrar no templo. Ficava a margem da religião e sociedade judaica. Era comum vê-los ao redor das piscinas pedindo esmola. Cego e Mendigo, uma exclusão total. Esse cego do Evangelho ficava perto da piscina de Siloé, que era lugar de procura no tempo da Festa das Tendas. Jesus se aproxima dessa piscina, num dia de sábado, e recupera a visão do cego, por meio da introdução de lama em seus olhos. Fazer lama era proibido em dia de sábado. Jesus dá a visão ao cego num dia de sábado, frustrando a prisão legista dos fariseus. Fazer o bem não tem dia e nem hora, é sempre. O cego recuperou a vista porque teve fé. No Antigo Testamento, a visão está sempre relacionada com Deus. Deus se revela por meio de sinais.Ver o rosto de Deus se dá depois da morte. No Novo Testamento, quem vê Jesus vê o próprio Pai. O cego foi salvo porque viu em Jesus o rosto do Pai que salva. Sua cegueira espiritual foi curada. Ver o belo salva. Ver o feio aprisiona. O pecado aprisiona. A beleza da fé e do rosto de Jesus salva. O belo coloca o homem em relação com o transcedente. São Tomás de Aquino dizia que o conceito de beleza satisfaz os sentidos. É preciso ter intimidade com o belo. O cego queria ver e viu. No romance “O Idiota”, de Dostoievski, coloca nos lábios do ateu Ipolit a pergunta intrigante ao príncipe Mynski: “É verdade, príncipe, que vós dissestes que o mundo seria salvo pela beleza? Qual beleza salvará o mundo?” Onde repousa o belo? Em Jesus. A religião salva: ritos, sons, gestos, símbolos, caridade. Madre Tereza de Calcutá via a beleza nos rosto dos pobres. Onde não há experiência do espiritual, a feiúra do pecado aparece: violência, mortes, brigas, atentados contra a vida. A negação da beleza favorece o avanço da mediocridade, mentira e do mal. O belo, bom e verdadeiro andam juntos. O cego acreditou no verdadeiro, era bom e viu o belo: Jesus.

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