BLOG ORGANIZADO POR PE. LIZANDRO CARDOSO GOULARTE.





PARÓQUIA SANTA BÁRBARA

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MINHA BENÇÃO!
Pe. Lizandro Cardoso Goularte

quarta-feira, 27 de abril de 2011




CHACINA RIO


Paulo Ghiraldelli Jr. , filósofo, escritor e professor da UFRRJ

08/04/2011

Se não bastasse todo brasileiro médio ser um pouco anti-americano – e não só por influência das bobagens da nossa direita nacionalista e de nossa esquerda atrasada – ainda por cima foi necessário agüentar, na TV de ontem, algumas figuras tentando se livrar de mais um problema nosso jogando a culpa nos Estados Unidos ou no “Primeiro Mundo”. Realengo, Realengo: foi nossa “primeira chacina” made in USA – eis aí o que psiquiatras, políticos, jornalistas e outros papagaios quiseram nos fazer crer pela TV. Todavia, logo que diziam isso, passavam alguma reportagem que, na cara dura, os desmentia. Como? Simples: as reportagens mostraram, junto com massacres ocorridos em vários outros países, alguns que ocorreram no Brasil. Aliás, tiros em escolas ocorrem todos os dias. Esses fatos não viram notícia porque são encenados por atiradores ruins de mira, o que não foi o caso do ex-aluno do colégio de Realengo.
Além de comemorar com a tragédia seu fanatismo anti-americanista, a imprensa também comemorou a própria tragédia. O que houve de gente que forçou as lágrimas para parecer … humano, ao menos na TV, extrapolou o que eu desejaria ver. Esperava que apenas alguns políticos vertessem lágrimas de crocodilo. Mas que nada, o que vi de gente esquisita querendo chorar e, não raro, não conseguindo, não foi pouco.
Digo isso com tranqüilidade. Poucas vezes na vida tive tanta certeza ao dizer uma coisa como esta: nossas elites políticas e nossa sociedade em geral não estão nem um pouco interessadas em cuidar de escolas ou de educação ou de crianças. Mas, quando esse povo tem oportunidade de se descabelar na frente de uma escola abandonada ao Deus dará, não perde isso por nada no mundo. Pais que jamais apareceram na escola foram chamados, desta vez, para uma reunião de morte e não para reuniões pedagógicas, e, então, finalmente, compareceram. Um aviso para a diretora: na próxima reunião pedagógica, use um revólver, não carta ou e-mail. Políticos que nunca foram numa escola pública estiveram no local, em comissão, visitando as instalações e prestando “solidariedade”, principalmente se tal coisa podia render alguns segundos na frente das câmeras. Ministros e secretários que desconsideram os salários dos professores e as condições de falta de mão de obra em escolas apareceram na TV. Não deixaram de dizer que haviam deslocado todos os recursos dos governos a eles ligados para ajudar no problema da chacina e da escola em geral. Novamente me veio a lição: quando os professores estiverem em greve por melhores salários e condições dignas de trabalho, deverão eles dar uns tiros também? Deverão acertar as crianças, eles próprios ou os pais? Sim, pois, para chamar a atenção, precisam acertar quem não merece. Não podem atirar nos políticos!
É claro que uma escola com professores ganhando bem e com segurança pode evitar, sim, o que ocorreu ontem. Escolas bem preparadas evitam um monte de problemas. Aliás, é exatamente isso que nos ensinam os países dos Primeiro Mundo, principalmente os Estados Unidos: basta reparar o número de chacinas evitadas pelos seguranças de universidades e escolas públicas, nesses países, e aí fica fácil entender o que estou dizendo. No Brasil, a violência na escola é de tal ordem que o sindicato paulista dos professores mostrou, há alguns anos, que mais de 85% dos professores, em cinco anos de trabalho, haviam sofrido ao menos uma agressão em sala de aula – agressão mesmo! O que é isso? Falta de segurança? Não somente, mas principalmente o problema da deterioração geral do ambiente escolar por falta de uma política salarial e por falta de uma política maior de melhoria da vida escolar. Pois o professor que é agredido é o professor pobre ou que aparenta pobre. Quando o professor tinha o mesmo status financeiro do delegado, do juiz e do prefeito, em cada cidade, as coisas eram bem diferentes. Em uma sociedade fortemente hierarquizada pelo poder do dinheiro, como é a nossa, é fácil ver quem fica à mercê da perda de respeito quando os salários são estancados. A escola deixou de ser escola quando fizeram do professor alguém que não poderia mais estar nos palanques dos políticos, em dias comemorativos, só nos palanques dos sindicatos. Foi por aí que tudo se perdeu. Foi arrancada do professor do ensino básico a condição de pertencimento das elites locais. Isso é que iniciou a quebra de prestígio da escola e, então, a corrente de migração das classes médias da escola pública para a particular. A partir daí, nada mais funcionou.
O atirador da escola de Realengo mataria alguém, dentro ou no portão da escola. Claro. Mas, aqui, meu problema não é com ele. Sobre ele, já escrevi. Sobre como diminuir problemas desse tipo, já falei em outro texto e, enfim, também neste, ao lembrar da segurança das escolas no Primeiro Mundo. Meu problema aqui é o de mostrar que, infelizmente, só o barulho do revólver e só a cor de sangue faz a sociedade voltar os olhos para a escola brasileira. Que continue o show! Todos parecem pedir isso. O show de ver políticos – todos – irem para a TV para dizer que “educação é prioridade”. Mas não é. E não é porque a nossa sociedade não tem mais o ensino escolar como um valor. As pessoas se acostumaram a ver escolas sem banheiro, sem guardas, sem material e, enfim, se habituaram a ver o professor como mendigo, despreparado moral, intelectual e financeiramente. Nossa sociedade aprendeu a valorizar o diploma, não o ensino. Os alunos estão aprendendo também essa inversão moral. Querem nota e “progressão automática”. Os pais reclamam disso, mas, no fundo, também querem exatamente somente isso. A escola? Ah, quando alguém promover nova desgraça, todos aparecerão lá novamente. A escola vai para a TV quando há sangue, drogas, violência e coisas assim. Fora disso, volta o cotidiano de um ambiente de mortos – mortos literais

quarta-feira, 20 de abril de 2011

FOTOS IGREJAS ARROIO DOS RATOS

CAPELA HOSPITAL

FOTOS IGREJAS ARROIO DOS RATOS

SÃO PEDRO - RINCÃO DOS AMÉRICOS

NOSSA SENHORA APARECIDA



NOSSA SENHORA CONSOLADORA- ETEL





SÃO ROQUE







NOSSA SENHORA DE LOURDES- PARQUE ELDORADO




















NOSSA SENHORA CONQUISTADORA- POSTO ROQUE

segunda-feira, 18 de abril de 2011

SEMANA SANTA



Os dias da Semana Santa
Domingo de Ramos
O Domingo de Ramos abre solenemente a Semana Santa, com a da entrada de Jesus em Jerusalém. Jesus é recebido em Jerusalém como um rei, mas os mesmos que o receberam com festa o condenaram à morte. Jesus é recebido com ramos de palmeiras. O Domingo de Ramos é a festa litúrgica que celebra a entrada de Jesus Cristo na cidade de Jerusalém. É também a abertura da Semana Santa. Nesse dia, são comuns procissões em que os fiéis levam consigo ramos de oliveira ou palmeira, o que originou o nome da celebração. Segundo os Evangelhos, Jesus foi para Jerusalém para celebrar a Páscoa Judaica com os(discípulos). Entrou na cidade como um Rei, mas sentado num jumentinho - o simbolo da humildade - e foi aclamado pela população como o Messias, o Rei de Israel. A multidão o aclamava: "Hosana ao Filho de Davi!" Isto aconteceu alguns dias antes da sua Paixão, Morte e Ressurreição. A Páscoa Cristã celebra então a Ressurreição de Jesus Cristo.
História A procissão do Domingo de Ramos surgiu depois que um grupo de cristãos da Etéria fez uma peregrinação a Jerusalém e, ao retornar, procedeu na sua região da mesma forma que havia feito nos lugares santos, lembrando os momentos da Semana Santa. O costume passou a ser utilizado gradualmente por outras igrejas e, ao final da Idade Média, foi incorporado aos ritos da Semana Santa.... O Rito A celebração do Domingo de Ramos começa em uma capela ou igreja afastada de onde será rezada a Missa. Os ramos que os fiéis levam consigo são abençoados pelo sacerdote. Então, este proclama o Evangelho da entrada de Jesus em Jerusalém, e inicia-se a procissão com algumas orações próprias da festa, rumo à igreja principal ou matriz. Em algumas cidades históricas como: Ouro Preto, Pirenópolis, Resende Costa e São João Del Rei, esta procissão é acompanhada de Banda de Música. Durante a procissão, os fiéis entoam a antífona: "Hosana ao Filho de Davi! Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Rei de Israel, Hosana nas alturas!" Ao chegar onde será celebrada a missa solene, a festa muda de caráter, passando a celebrar a Paixão de Cristo. É narrado o Evangelho da Paixão, e segue a Liturgia Eucarística como de costume. O sentido da festa do Domingo de Ramos tratar tanto da entrada triunfal de Cristo em Jerusalém, e depois recordar sua Paixão, é que essas duas datas estão intrinsicamente unidas. A Igreja recorda que o mesmo Cristo que foi aclamado como Rei pela multidão no Domingo, é cruficidado sob o pedido da mesma multidão na Sexta. Assim, o Domingo de Ramos é um resumo dos acontecimentos da Semana Santa, e também sua solene abertura[Segunda-Feira Santa
é o segundo dia Onde o Nosso Jesus começa sua caminhada rumo ao calvário..
Terça-Feira Santa
É o terceiro dia da Semana Santa.Onde é celebrada, as sete dores de Nossa Senhora a Santa e Imaculada Virgem Maria.
Quarta-Feira Santa
É o quarto dia da Semana Santa. Encerra-se na Quarta-feira Santa o período quaresmal. Em algumas igrejas celebra-se neste dia a piedosa procissão do encontro de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Ainda há igrejas que neste dia celebra o Ofício das Trevas, lembrando que o mundo já está em trevas devido à proximidade da Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Quinta-Feira da Ceia
É o quinto dia da Semana Santa. Neste dia é relembrada especialmente a Última Ceia. É também celebrada a Missa de Lava-pés, onde se relembra o gesto de humildade que Jesus realizou lavando os pés dos seus doze discípulos e comendo com eles a ceia derradeira. É neste momento que Judas Iscariotes sai correndo e vai entregar Jesus por trinta moedas de prata. É nesta noite em que Jesus é preso, interrogado e no amanhecer da Sexta-feira, açoitado e condenado. A igreja fica em vigília ao Santíssimo, relembrando os sofrimentos começados por Jesus nesta noite. A igreja já se reveste de luto e tristeza desnudando os altares, quando é retirado todos os enfeites, toalhas, flores, velas, tudo para simbolizar que Jesus já está preso e consciente do que vai acontecer. Neste dia cobre-se todas as imagens existentes no templo pois a igreja se inluta pela vespera da morte
Sexta-Feira Santa ou Sexta-Feira da Paixão
É quando a Igreja recorda a Morte do Salvador. É celebrada a Solene Ação Litúrgica, Paixão e Adoração da Cruz. A celebração da morte do Senhor consiste, resumidamente, na adoração de Cristo crucificado, precedida por uma liturgia da Palavra e seguida pela comunhão eucarística dos participantes. Presidida por um padre, presbítero ou bispo, paramentado como para a missa, de cor vermelha.
Sábado Santo
Também era chamado de Sábado de Aleluia, é o dia antes da Páscoa no calendário de feriados religiosos do Cristianismo.
Domingo de Páscoa
É o dia da ressurreição de Jesus, e as comemorações mais importantes do cristianismo, que celebra a vida, o amor e a misericórdia de Deus

quarta-feira, 6 de abril de 2011

HOMILIA QUINTO DOMINGO QUARESMA





RESSURREIÇÃO DE LÁZARO
Nesse Quinto Domingo, nos é proclamada a ressurreição de Lázaro, somos postos diante do último mistério da nossa existência: «Eu sou a ressurreição e a vida”. A fé na ressurreição dos mortos e a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência: Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida. A Ressurreição de Lázaro é sinal de vida nova e de fortalecimento da fé de quem segue a Jesus. Jesus trilha seu caminho de anúncio de vida, antecedido pelo diálogo com Nicodemos e a Samaritana. João escreve a história de Lázaro para prefigurar a ressurreição de Jesus: a morte/a ressurreição/ a pedra/ as lágrimas. A ressurreição é fundamento da nossa fé. Comunica uma vida nova aqueles que crêem e é princípio da ressurreição do cristão para a vida eterna de glória. Na Leitura do Profeta Ezequiel, aparece a visão das ossadas no Exílio Babilônia. Os exilados perderam a esperança no futuro: “Nossos ossos estão ressequidos, nossa esperança desapareceu, estamos esfacelados”. As divindades pagãs, trazidas pelos povos dominadores, negavam qualquer sinal de ressurreição. O Profeta sente a mão de Deus sobre ele e é levado para uma região cheia de ossadas. É local de sinais de morte. Deus faz a pergunta a Ezequiel; “Estas ossadas podem reviver?”O Profeta entrega o poder de decisão sobre a vida e a morte. Deus instrui a Ezequiel que profetize sobre as ossadas, de modo que um novo espírito, nervos, carne, pele e sopro as revivam. O sopro de vida revive as ossadas. É a esperança de uma nova vida que se faz, em Deus. Na Leitura do Apóstolo Paulo, ele apresenta a vida cristã no Espírito. O contraste carne e espírito tem um significado importante. A carne significa o homem terreno e o espírito significa o homem celeste. É preciso viver segundo o espírito. Na aproximação da Santa Páscoa, a liturgia nos apresenta esse dinamismo entre morte e vida, fixada na alegria da ressurreição. Crer na ressurreição de Cristo é um elemento essencial da fé cristã. O católico não para na morte. A morte é um passo para a ressurreição. São Francisco de Assis chamava a morte de irmã. Em conseqüência do pecado, sofremos a morte corporal, nossa alma vai ao encontro de Deus, ficando a espera de ser novamente unida ao corpo glorificado. A ressurreição de Jesus é a prefiguração de nossa ressurreição. Santa Terezinha Menino Jesus dizia: “Eu não morro, mas entro na vida”. É “Dies Natali”. Dia do nascimento para o céu. Alguns dados que dificultam a compreensão da morte e da ressurreição: - Cultura do corpo perfeito: A carne está acima do espírito. Investe-se no corpo e esquece-se do espírito. Muita musculação, reparações estéticas e pouca oração. - Banalização da morte: Assassinatos, violência. - Práticas Espirituais relacionadas com a morte e o futuro: Espiritismo, Astrologia, Búzios, Tarô, Cartas. Um teólogo protestante, Moltman dizia: “Nossa esperança é operante e atuante”. Que possamos colocar nossa esperança em Deus.