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Pe. Lizandro Cardoso Goularte

terça-feira, 22 de março de 2011

HOMILIA TERCEIRO DOMINGO QUARESMA




A SAMARITANA


O pedido de Jesus à Samaritana: «Dá-Me de beber» (Jo 4, 7), que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da «água a jorrar para a vida eterna». Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, «enquanto não repousar em Deus», segundo as célebres palavras de Santo Agostinho. Jesus quer atingir a todos os homens de boa vontade pela água que mata a sede: “Quem tem sede, venha a mim e beba”. Jesus pede água á Samaritana, junto ao poço de Jacó. Alguns elementos nos chamam a atenção: O pedido de Jesus a uma Samaritana mostra o gesto de aproximação de culturas e religiões diferentes, pois os judeus não se davam com os samaritanos; o cenário é o poço de Jacó, que representa, no Antigo Testamento, a fonte para matar a sede. A Samaritana não tem recursos para poder dar de beber a Jesus, mas Jesus utiliza desse diálogo para ensinar que aquela água não mata mais a sede, mas que ele dispõe de outra água mais valiosa, que é ele mesmo. A Samaritana pede de beber dessa água. É o grande diálogo de salvação. Os samaritanos não pertenciam ao Povo de Deus. Jesus aproxima esse povo disperso para a verdadeira adoração, passando dos cinco maridos (representam os cinco deuses cultuados pelos samaritanos) para o verdadeiro marido, Deus Javé. Ele conseguiu chegar ao coração sofrido dessa mulher, não parando nas barreiras construídas sob o preconceito religioso e cultural. O Autor do Livro “Pequeno Príncipe”, Saint de Exupéry dizia: “O essencial é invisível aos olhos”. Jesus chega ao seu íntimo. Pe. Antônio Vieira dizia: “Aos olhos de quem ama, o corvo é branco. Aos olhos de quem odeia, o cisne é negro”. Jesus vê seu interior e sua necessidade de salvação. Sabemos que quando falta água, nós reclamamos, pois ela é indispensável para nossa higiene, sustento, alimentação. Um período de seca sempre é um flagelo. A água é elemento vital para o homem. Por isso Jesus é a água viva, que mata a sede de quem vem a ele. Ao observar a vida e a conduta de tantas pessoas, pensamos: Quantas torneiras não jorram mais água? Quantos mananciais secaram? Quantos córregos estão poluídos? Sempre é tempo de oferecer a água viva que mata a sede. A Quaresma é tempo propício de dar de beber a quem tem sede de Deus. É preciso fazer com que as pessoas entrem no “sonho de Deus”, como dizia Dom Jacinto Bergman, no retiro dos Padres. É preciso que todos sejam salvos. A miséria humana não é obstáculo, mas medida de misericórdia para a salvação. Na minha necessidade, posso conhecer e amar a Jesus. Ele mata a minha sede.
HISTÓRIA: Certa vez, um missionário, na Ásia, observou um garotinho carregando com dificuldade outro menino preso nas costas, como é costume deles. Então o missionário perguntou:- Está pesado?O garoto respondeu:- Não, é meu irmão!

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