Em um encontro promovido pelas Paróquias da Área Pastoral de São Jerônimo, vi um menino brincando com uma leva de balões na mão. Disse para ele: “Com esses balões tu vai voar pro céu!” Ele me disse: “Deixa eu ir !” A Igreja comemora quarenta dias após o Domingo de Páscoa a Festa da Ascensão do Senhor. A realidade de glorificação de Jesus é celebrada, aquilo que os primeiros cristãos e que professamos no Credo: “Estar sentado á direita do Pai”. A última aparição de Jesus aos seus discípulos aponta para uma realidade que transcende a vida terrena, a realidade do céu. Fomos feitos para o céu. São Leão Magno dizia: “Tomamos posse do paraíso” e São Justino dizia: “Uma vida santa é caminho para o céu”. Toda nossa atitude cristã visa á vida eterna. No Livro dos Atos dos Apóstolos (cf. At 1,1-11) narra a Ascensão e a Missão dos Apóstolos. Os quarenta dias da Páscoa a Ascensão é um retiro, uma escola de formação para os Apóstolos de como evangelizar. O número quarenta, biblicamente, significa um tempo de fecundidade espiritual e eternidade. Quarenta anos Povo no Deserto; Quarenta dias de Elias no Monte Horeb. A instrução deixada por Jesus aos Apóstolos é uma Igreja Missionária, de anunciar Jesus até os confins da terra. Na Carta de São Paulo aos Efésios (cf. Ef 1,17-23) é uma carta de louvor, salvação e de súplica, lembrando as maravilhas operadas por Jesus. Jesus é a cabeça da Igreja e nós os membros, presentes e atuantes no mundo. No Evangelho de Mateus (cf. Mt 28,16-20) aparece ás palavras de despedida de Jesus, ressaltando sua atuação na Galiléia, destinadas as ovelhas perdidas da casa de Israel e que transcende os limites de Israel, mostrando o Universalismo da Salvação e a Expansão da Igreja. A Missão deixada por Jesus é continuar a sua obra de salvação, por meio dos sinais dos sacramentos e da instrução. O mundo é um espaço onde compreende dificuldades, incompreensões e desafios. Os cristãos estão presentes nele por meio de suas atividades cotidianos e devem exercer sua vocação de leigo para a santificação desses ambientes, mesmo quando esse mundo diz não para a Igreja, para a vida, para a moral, para Deus. Como diz a Segunda Carta de Timóteo: “Virá um tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina” (cf. 2 Tm 4,2-3). O céu é a meta e todos os esforços são para conduzir os homens a Deus, como uma ponte conduz de uma margem a outra uma pessoa.
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