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quarta-feira, 15 de junho de 2011

HOMILIA CORPUS CHRISTI



Corpus Christi é uma expressão latina que significa Corpo de Cristo. A expressão dá o nome a Solenidade que celebramos hoje, realçando a presença real de Cristo na Eucaristia. Essa festa surgiu na Idade Média, com o objetivo de combater as heresias do século XI que negavam a presença real de Cristo na Eucaristia, bem como as visões de Santa Juliana de Mont Cornillon, que Jesus lhe manifestava a necessidade de uma comemoração para adorar o Santíssimo Sacramento. Assim, a Festa de Corpus Christi foi comemorada pela primeira vez em Liége, na Bélgica, em 1240. Duas décadas depois, em 1260, p Papa Urbano IV estendeu essa Festa para toda a Igreja, solicitando São Tomas de Aquino para preparar as leituras e textos litúrgicos para essa Festa. Em 1215, no Concílio de Latrão, a palavra Transubstanciação foi usada pela primeira vez. O termo significa que as substâncias do pão e do vinho são transformados em Corpo e Sangue de Cristo, permanecendo os acidentes visíveis. Por isso as Igrejas contém o Sacrário, onde se guardam as Reservas Eucarísticas para a adoração e para os doentes. Vemos Pão e Vinho, sentimos a matéria, a textura, a cor, o cheiro, mas a substância são Corpo e Sangue de Cristo. Assim, esse Sacramento não é apreendido com os sentidos, mas com a fé. Para os reformadores, segundo a teologia de Lutero, os Luteranos pregam a doutrina da Consubstanciação, ou seja, a presença real de Cristo está só durante a Ceia do Culto, no contexto de comer. Após a Ceia Protestante, o pão que sobrou da Ceia não é mais Corpo de Cristo. Assim, Lutero rejeita a Festa de Corpus Christi, Sacrário, Ostensório e tudo que está relacionado com a piedade da adoração. A Festa é teológica, para reforçar nossa adoração a Jesus presente na Eucaristia. A Festa convida para que nós resgatemos o sentido espiritual do nosso Corpo, como sacrário vivo. A teologia do Corpo. Santo Inácio de Antioquia, no século I, na hora de seu martírio, prestes a ser devorado por leões no Coliseu Romano, disse: “Meu corpo é o trigo nos dentes das feras para transformar-se no Corpo de Cristo”. Nós somos esse trigo diário, pisoteado e esmagado pelos homens para moldar-se na oferenda do Corpo de Cristo. Quando celebramos a Eucaristia nos unimos a Liturgia do céu e antecipamos a vinda de Jesus.

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